Para meus amigos, carentes e caretas


Ás vezes acho que vivo num circo, ás vezes acho que formei um grupo de viciados em si, ás vezes acho que tenho amigos.

O que todos tem em comum? São todos sozinhos no mundo e dentro de si. Por isso a amizade existe. Os muito altruístas que me desculpem, mas ter amigos é um ato totalmente egoísta e segregacionista. Estou falando de amigos de “verdade”, desses que passam na sua casa sem te avisar, acabam com a prateleira de doces e ainda falam que sua vida está uma merda e que você devia esquecer fulano, que você já tinha esquecido , mas foi só ele lembrar para a dor voltar. É aquele que pega uma roupa emprestada e esquece de devolver, é aquele que risca seu cd, e que fala mal de você quando você não está, claro. E fala mal de você na cara dura também, pra ver se você deixar de ser “Mané”.
Cada um dos meus amigos tem uma grande patologia. Patologia de idéias, de sentimentos, de maneiras de se viver. Só que as máscaras só caem quando estamos juntos. Por conviver com pessoas tão diferentes, aprendi sem precisar ter lido, sei de filmes sem nem precisar ter assistido, viajei sem precisar pagar nada, amei sem precisar ter medo de perder.
Meus amigos, são como olhos. Olhos que vem o mundo que eu não consigo ver sozinha. São ouvidos que não tem a mesma percepção que a minha. São bocas sedentas por atenção. Cada amigo meu tem um umbigo mais próximo do fim do mundo. E sempre sabem ouvir uma palavra esquisita: perdão.
Cada amigo meu, sabe ser surdo quando preciso gritar e falar coisas feias. Sabe me deixar irritadíssima, e eu sei irritá-los...cantando.
Desculpem, pequenos tolinhos. Não existem tantos amigos esperando por você, por aí. Amigos vem, amigos vão. Mesmo os verdadeiros. Eu sei que, uns ficam no peito, depois de você engolir as sete chaves com muita cerveja ou com muito choro. Depende de sua preferência de como se afogar em mágoas.
Agora escutem, pare de tapar os ouvido estou falando sério. É sério, não fica olhando assim se não vou começar a rir. Ah, pronto esqueci o que ia falar. Não tem importância eu sei que vocês continuaram aqui, comigo.

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