Coraçãoborim


Música, e batida, é o meu ? É o seu? É o nosso coração que bate? Quem sente? Quem vai me ajudar com isso? O que eu faço com isso? Por favor me ajudem. Eu não sei, quando percebi já estava na minha mão. De quem é? De quem é, esse coração?
Quem bate? Quantos? Um? Dois?Milhões? Batem sozinhos num único som. Profundo, pro fundo! Agora! Se afunde. È bom , depois passa. Agora volte. Não se perca, você sempre tem que voltar. Pra onde? Pra quem? Pra quê? Um buquê não posso te dar. Me solte, não leia, não tente entender. O que ? A dor, só finge não te prender. Compreenda, respire e lamba. Reflita a marmita sempre está morna. A música é silêncio que deixou de existir, assim ,aflita, você me deixa cair.No chão , já não sou nada , não faço mais sentido. Me dê só seus sentimentos, raros, rasos, vasos quebrados. Me guarde na sua gaveta e só me tire de lá quando o terremoto passar. Quando eles já tiverem invadido, quebrado, destruído, gritando. Me deixe lá. Depois, só depois que tudo passar, me abra e me leia. Mas por favor, não se esqueça, nós vamos sempre existir.                   Ana Julia Carvalheiro

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