Ensaio sobre mim mesmo








não sei , quero mudar de ares, quero começar tudo depois de uma virgula, até que o vento sopre me trazendo outra idéia-e se as coisas acontecessem sem precisar eu pensar, seria mais fácil de viver, mais fácil de esquecer, mais fácil de não se decepcionar, mas se nada acontecer vou mudar pro agreste , não sei aonde fica, pegue minha mochila e pare de falar no meu ouvido. Porque tudo se contradiz, e só os loucos é que pensam que o mundo se importa com eles, eu não. Se minha voz fosse suave eu cantava num bar, mas não seria eu. Vou usar um vestido á moda de Saint Laurent, daqueles que tem o desenho do Mondrian. Vou cantar Mutantes e beber “mocolok”, pintar com cores de Almodóvar, falar entre vírgulas com Saramago e aprender com Clarice. Se tiver tempo vou nadar no Mar-Morto e voar pelo Monte Everest com os urubus, e quem me perguntar pra quê? Responderei que é assim que quero viver, porque a vida é só uma e você faz o que bem entender dela, e “tudo vale a pena se a alma não é pequena”, e seu me afogar no mar de seus olhos e nem marinheiro puder me salvar então me deixe lá ,mas aqui fico entre reticências para não parecer que acabei...

Ana Julia C. Costa

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